Finalmente criei um blog, mas infelizmente os textos que coloco não são da minha autoria, um dia, quem sabe, me atrevo a escrever alguma coisa.
Estou tentando, ao máximo, ser fiel aos escritores, mas nem sempre consigo, então na incerteza da autoria, estou colocando AD (Autor Desconhecido). Com relação às fotos, estou buscando no Google e não cito as fontes por não saber a quem pertence.
Caso você encontre aqui algum erro de autoria, alguma foto que não posso usar sem citar a fonte, favor comunicar.

Meus beijos e sejam bem vindos!
Virgínia Costa

domingo, 24 de janeiro de 2010

Os Famosos também Amam


Ainda não tive tempo de ler o livro, mas o assunto já entrou no meu dia-a-dia através de conversas e solicitações de opinião para programas de tevê. Divas abandonadas, da jornalista Teté Ribeiro, traz o perfil de sete ícones do século XX: Marylin Monroe, Jackie Kennedy, Maria Callas, Tina Turner, Ingrid Bergman, Sylvia Plath e Princesa Diana, mulheres que, em comum, tinham projeção, charme e amores tumultuados. A pergunta que tem sido feita é: por que mulheres bem sucedidas em suas atividades públicas costumam amargar o insucesso em suas vidas privadas?

Bom, há muita coisa para se debater a respeito. Pra começar, o que é insucesso no amor? Tina Turner levava uns tabefes do seu marido e parceiro musical Ike Turner. Marylin casou três vezes e teve alguns amantes antes de cometer suicídio aos 36 anos. Diana casou com um príncipe que amava outra e depois se meteu com uns sujeitinhos que vendiam para os tablóides os detalhes de sua intimidade. Quem está livre de cruzar com um cafajeste e, pior, se apaixonar por ele?

Ainda assim, resisto em embarcar na história de que mulheres poderosas possuem mais chances de serem infelizes no amor. Vai depender do quanto o amor é realmente prioritário em suas vidas.

E mais: ser feliz no amor não significa, obrigatoriamente, casar, ter filhos e comemorar bodas de ouro. Talvez todas as divas do livro tenham sonhado com isso em algum momento, mas, tivessem concretizado esse sonho, não há garantia nenhuma de que seriam mulheres mais realizadas. Todas elas tinham uma rotina dinâmica, eram cercadas de muitas pessoas e de muito estímulo social, artístico e intelectual: fugiam à regra das mulheres comuns. Um casamento convencional talvez amortecesse sua natureza inquieta.

Quando analisamos a vida das celebridades, incorremos numa série de especulações e fantasias. Por um lado, acreditamos que por elas serem pessoas lindas e ricas têm o dever de ser igualmente bem sucedidas em suas relações amorosas, para fechar o círculo da perfeição absoluta. Elas personificam um ideal. Quando não cumprem com a expectativa que depositamos nelas, ficamos inseguros. Se pessoas tão especiais não conseguem ser amadas, o que dirá nós, que temos celulite, barriga, pouca grana e um dente torto?

E há os que, numa análise diametralmente oposta, vibram com a instabilidade emocional dessa gente. É como se eles pagassem um preço pela fama. O sujeito tem uma Ferrari, mas não consegue uma mulher que o adore pelo que ele é, só pelo que ele tem. A mulher é a gostosa do século, mas não emplaca uma relação que dure mais de seis meses. Nós, ao menos, somos felizes no amor, né bem?

Não há nada de errado com a vida dos outros. Nem nada de muito certo. Não há uma regra que valha para todos os artistas, ou para todos os dentistas, ou para todos os frentistas. Marylin nunca ficou casada mais do que quatro anos, já Sophia Loren ficou cinquenta anos com o produtor Carlo Ponti. Diana não se adaptou à monarquia, já Grace Kelly viveu como Princesa de Mônaco por 27 anos, até falecer num acidente. Se eram felizes essas que mantiveram seus casamentos por mais tempo? Vá saber.

Em suma, não deve ser fácil construir uma relação perene, tendo um cotidiano tão frenético: o amor necessita de dedicação. Aliás, não anda fácil construir uma relação perene tendo qualquer cotidiano. A diferença entre as divas e nós é que a vida delas está na vitrine, para nosso julgamento. Nossas dores ficam entre quatro paredes.

(Martha Medeiros)

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